PROTINUS UT MONEAM

Pelas terras da capital portuguesa, pelos lados de Belém, fica uma das pastelarias mais famosas em virtude da receita misteriosa dos pastéis de nata.
Depois de tostados no forno são servidos à mesa com uma elegância e um aroma inconfundíveis. Enquanto esperava que me servissem, pois nos meses de Verão está à pinha, deambulei pelos corredores da pastelaria e espreitei para os bastidores da confecção dos pastéis de nata. Dei por mim a disparar um feixe luminoso àqueles malandros que nos fazem aumentar os níveis de colesterol, mas que, por outro lado, satisfazem os nossos caprichos da gula. Esses sóis resplandescentes iluminam as minhas papilas gustativas em volta do céu da boca e descarregam uma alta dosagem de saliva. O meu cérebro funciona num ritmo lento, num ritmo de contemplação pela nata e pelo açucar assim misturados e que depois são envaizados numa massa folhada estaladiça!!
O cérebro fica carregado de voltagem e pronto para novos pensamentos. Quantos cientistas, poetas e filósofos, assim como grandes personalidades admiram e apreciam estes redondinhos, e é, sem dúvida, um estímulo à criação de novas ideias.
Os pastéis de Belém estão carregados de histórias, como qualquer português sabe, porém não fique expectado a pensar que eu lhe vou contar essa história, dirija-se a Belém e saboreie devagar, mesmo devagarinho a nata de Portugal!!
Bom apetite!!